CONCLUSÃO DO MINISTRO Gaspar: Foi
a borrasca que nos tramou!
FERREIRA FERNANDES, hoje, no Diário
de Notícias:
Olha,
choveu no inverno! Como é que vocês queriam que este ministro das Finanças,
este, que falha todas as previsões, mesmo as previsíveis, pudesse adivinhar
coisa tão insólita, como o mau tempo em janeiro, fevereiro e março?! Atenção, o
nosso Vítor Anthímio Gaspar não disse - ele nunca diz coisas simples - "a
chuva tramou-nos", não. Ele disse, ontem, no Parlamento: "(...) sendo
no entanto que o investimento no primeiro trimestre deste ano é adversamente
afetado pelas condições meteorológicas nos primeiros três meses do ano."
Mas a mensagem passou: a chuva tramou-nos. Foi interessante ver o rei da falta
de precipitação a queixar-se do excesso dela. Não tivemos, pois, investimentos
na eira, mas tivemos chuva no nabal em que o País se tornou. Então, aquele que
aceita tudo que a manda-chuva Angela manda, revoltou-se ontem contra a Santa
Bárbara que não se lembrou de nós quando troveja. A vingança será terrível, vão
ver: os Serviços Meteorológicos que fecham, as altas pressões dos Açores
cortadas a metade, os guarda-chuvas taxados com IVA de 35 por cento... Era de
esperar que um tipo que fala de forma tão pausada fosse anticlone. E como se
confirmou que em abril águas mil e agora nos surpreendemos com um junho
molhado, o diagnóstico do segundo trimestre já está feito: o País gripou e nós,
engripados. Feliz só o Gaspar, com desculpa para todo o ano. E seguindo,
sereno, a mesma e inflexível linha: "Meter água aqui, só eu!
QUE COISAS TERRÍVEIS FIZEMOS para que os céus no virassem as costas?
LONGE VAI AQUELE Fevereiro de 2003 em que o ministro Paulo Portas
disse ao jornalista da Visão:
Sei que o senhor não é crente, mas
tenho as provas irrefutáveis, racionais, positivistas de que Nossa Senhora
existe. Que é portuguesa. E que é de Fátima.
PEDRO PASSOS COELHO disse, na Amadora, não ter medo do julgamento dos
portugueses, que vamos sair da crise, que os caminhos do governo são caminhos
iluminados que nos deixam orgulhosos.
Não fossem:
- os milhares de trabalhadores no desemprego: a economia
portuguesa destruiu mais de 100 mil empregos nos primeiros três meses do ano,
- os milhares de empresas
falidas,
- os milhares de
portugueses a viverem com enormes dificuldades, milhares sem casa e no limiar
da pobreza. Muitos passam fome,
- os milhares de jovens
que emigram em busca de uma qualquer esperança,
- os treze mil cento e
setenta e seis casais em que ambos os cônjuges estão desempregados, um aumentou 67,3% em Abril face ao mesmo mês de
2012
.
DOIS ANOS DEPOIS das eleições, o Governo de coligação PSD/CDS já
nomeou 4463 pessoas: 1027 para os gabinetes ministeriais, 1617 para cargos
dirigentes da administração pública e 1819 para grupos de trabalho e outras
nomeações. Em média, ministros e secretários de Estado nomearam já mais pessoas
por gabinete do que Sócrates nos seus dois primeiros anos de mandato.
VICTOR HUGO, há muitos anos, disse que entre um governo que faz o mal e o povo que
o consente, há uma certa cumplicidade.
1 comentário:
Toda a legitimidade...Sr. Ministro! Eu
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