sábado, 8 de junho de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


CONCLUSÃO DO MINISTRO Gaspar: Foi a borrasca que nos tramou!

FERREIRA FERNANDES, hoje, no Diário de Notícias:

Olha, choveu no inverno! Como é que vocês queriam que este ministro das Finanças, este, que falha todas as previsões, mesmo as previsíveis, pudesse adivinhar coisa tão insólita, como o mau tempo em janeiro, fevereiro e março?! Atenção, o nosso Vítor Anthímio Gaspar não disse - ele nunca diz coisas simples - "a chuva tramou-nos", não. Ele disse, ontem, no Parlamento: "(...) sendo no entanto que o investimento no primeiro trimestre deste ano é adversamente afetado pelas condições meteorológicas nos primeiros três meses do ano." Mas a mensagem passou: a chuva tramou-nos. Foi interessante ver o rei da falta de precipitação a queixar-se do excesso dela. Não tivemos, pois, investimentos na eira, mas tivemos chuva no nabal em que o País se tornou. Então, aquele que aceita tudo que a manda-chuva Angela manda, revoltou-se ontem contra a Santa Bárbara que não se lembrou de nós quando troveja. A vingança será terrível, vão ver: os Serviços Meteorológicos que fecham, as altas pressões dos Açores cortadas a metade, os guarda-chuvas taxados com IVA de 35 por cento... Era de esperar que um tipo que fala de forma tão pausada fosse anticlone. E como se confirmou que em abril águas mil e agora nos surpreendemos com um junho molhado, o diagnóstico do segundo trimestre já está feito: o País gripou e nós, engripados. Feliz só o Gaspar, com desculpa para todo o ano. E seguindo, sereno, a mesma e inflexível linha: "Meter água aqui, só eu!

QUE COISAS TERRÍVEIS FIZEMOS para que os céus no virassem as costas?

LONGE VAI AQUELE Fevereiro de 2003 em que o ministro Paulo Portas disse ao jornalista da Visão:

Sei que o senhor não é crente, mas tenho as provas irrefutáveis, racionais, positivistas de que Nossa Senhora existe. Que é portuguesa. E que é de Fátima.

PEDRO PASSOS COELHO disse, na Amadora, não ter medo do julgamento dos portugueses, que vamos sair da crise, que os caminhos do governo são caminhos iluminados que nos deixam orgulhosos.

Não fossem:

-  os milhares de trabalhadores no desemprego: a economia portuguesa destruiu mais de 100 mil empregos nos primeiros três meses do ano,

- os milhares de empresas falidas,

- os milhares de portugueses a viverem com enormes dificuldades, milhares sem casa e no limiar da pobreza. Muitos passam fome,

- os milhares de jovens que emigram em busca de uma qualquer esperança,

- os treze mil cento e setenta e seis casais em que ambos os cônjuges estão desempregados, um  aumentou 67,3% em Abril face ao mesmo mês de 2012
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DOIS ANOS DEPOIS das eleições, o Governo de coligação PSD/CDS já nomeou 4463 pessoas: 1027 para os gabinetes ministeriais, 1617 para cargos dirigentes da administração pública e 1819 para grupos de trabalho e outras nomeações. Em média, ministros e secretários de Estado nomearam já mais pessoas por gabinete do que Sócrates nos seus dois primeiros anos de mandato.


VICTOR HUGO, há muitos anos, disse que entre um governo que faz o mal e o povo que o consente, há uma certa cumplicidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Toda a legitimidade...Sr. Ministro! Eu