Em 1990, em cada oito
portugueses, um não sabia ler nem escrever.
Provavelmente, os números
já não são assim.
Porém, criámos um outro
tipo de analfabetismo: as escolas, as universidades, realce maior para as privadas,
produziram um outro tipo de analfabetismo, um número incalculável de gente que,
apesar de ter um obtido um canudo, alguns em condições que são puros casos de
polícia, não ganharam o gosto pela leitura, nem têm curiosidade em continuara a
aprender.
Refugiaram-se no mundo das
plataformas informáticas – quem não
sabe ler vê os bonecos, dizia o Dudu nos idos de 60.
Já José Saramago dizia que
a leitura será sempre uma questão de minorias.
O senhor Rui Rio, tem a
convicção que, no Porto, haverá quem goste mais de corridas de automóveis do
que de livros.
Contou os euros, e viu que
não tinha por onde ajudar a realização, este ano, da Feira do Livro.
Quem sou eu para desmentir
a sumidade tripeira?
Em todos os seus mandatos
evitou sempre investir em cultura, em artes.
Dar-lhe um livro para ler será um insulto.
Um carro é algo bem diferente.
Parece que foi o Eça quem
disse que é impossível avaliar a espessura da ignorância lusitana.
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