sábado, 29 de junho de 2013

LIVROS & CARROS, LDA


Em 1990, em cada oito portugueses, um não sabia ler nem escrever.

Provavelmente, os números já não são assim.

Porém, criámos um outro tipo de analfabetismo: as escolas, as universidades, realce maior para as privadas, produziram um outro tipo de analfabetismo, um número incalculável de gente que, apesar de ter um obtido um canudo, alguns em condições que são puros casos de polícia, não ganharam o gosto pela leitura, nem têm curiosidade em continuara a aprender.

Refugiaram-se no mundo das plataformas informáticas – quem não sabe ler vê os bonecos, dizia o Dudu nos idos de 60.

Já José Saramago dizia que a leitura será sempre uma questão de minorias.

O senhor Rui Rio, tem a convicção que, no Porto, haverá quem goste mais de corridas de automóveis do que de livros.

Contou os euros, e viu que não tinha por onde ajudar a realização, este ano, da Feira do Livro.

Quem sou eu para desmentir a sumidade tripeira?

Em todos os seus mandatos evitou sempre investir em cultura, em artes.

Dar-lhe um livro para ler será um insulto.

Um carro é algo bem diferente.

Parece que foi o Eça quem disse que é impossível avaliar a espessura da ignorância lusitana.

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