sábado, 1 de junho de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


PROSSEGUE A SENDA DOS PALHAÇOS: Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, fez questão de lembrar que uma sapataria na Rua Augusta não calça todos os descalços que lhe passam à frente da porta, só aqueles que podem pagar, um banco também só dá crédito a quem tem possibilidade de reembolsar.

VASCO LOURENÇO: Sinto-me envergonhado e ofendido com o actual Presidente da República e não digo mais. É evidente que cá por dentro penso muito pior do que aquilo que o Sousa Tavares disse.

VITOR GASPAR, ministro das finanças num almoço na Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola: Como adepto do Benfica peço a vossa simpatia pelas semanas difíceis que tenho passado

E um pano encharcado nas trombas?!

A TAXA DE DESEMPREGO em Portugal alcançou um novo máximo, de 17,8%, em abril, com o desemprego jovem a subir também para um nível recorde de 42,5%. Portugal continua a ter a terceira taxa de desemprego mais elevada entre os Estados-membros da União Europeia -- apenas atrás de Grécia, com 27% e da Espanha (26,8%) -, o mesmo sucedendo com o desemprego jovem.

MAIS DE DUAS MIL PESSOAS apoiadas por instituições de solidariedade responderam a um inquérito do Banco Alimentar: muitos são desempregados de longa duração e 39% admitem que já passaram um dia inteiro com o estômago vazio.

Há cada vez mais portugueses carenciados e apoiados por instituições de solidariedade social que, apesar da ajuda, passam fome. E há mesmo quem esteja dias inteiros sem comer.

O AUMENTO DO HORÁRIO na Função Pública de 35 para 40 horas sem ganharem mais por isso, que está previsto na proposta do Governo enviada aos partidos e aos parceiros sociais, significa que nalguns casos o tempo de trabalho dos funcionários do Estado chegue às 60 horas semanais.

 O ANTIGO PRÉMIO Nobel da economia, Paul Krugman, sublinhou que Portugal vive um pesadelo económico-financeiro e questionou como é suposto ultrapassar problemas estruturais, condenando ao desemprego milhares de trabalhadores.

O importante agora é mudar as políticas que estão a criar esse pesadelo.

JOSÉ PACHECO PEREIRA no Público:

Há quem perceba que, pela primeira vez, não tem dinheiro para pagar impostos e percebe que a partir de agora a vida vai ser um calvário do "outro lado da Lua". Há quem, reformado e idoso, receba uma carta ameaçadora de um senhorio pedindo cinco, dez vezes mais, com ameaça de o pôr na rua da sua habitação de há 30 anos. Isto já depois de ter actualizado a renda. Há quem, como toda a correnteza de pequenas lojas comerciais da Baixa de Lisboa, restaurantes, cafés, alfarrabistas, clubes centenários, vá para a rua nos próximos meses, porque os senhorios decidiram "fazer obras". O mais dramático disto tudo é que a lei está tão mal feita que vai acabar de certeza por ser corrigida e muitos aspectos mais gravosos serão suspensos, mas deixando para trás um rastro de sofrimento e insegurança escusada. 

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