sábado, 29 de junho de 2013
OLHAR AS CAPAS
Marilyn Monroe: A Última Sessão
Bert Stern
Notas biográficas Avulsas: Salvato Teles de Menezes
Prefácio: Bernardo Pinto de Almeida
Tradução: José António Freitas e Silva
Capa: Rui Rodrigues
Quetzal Editores, Lisboa Junho de 2011
O desejo de a fotografar devia ter começado há muito tempo. Era simplesmente a semente de uma ideia à espera do seu tempo. Agora, em 1962, tinha suficiente confiança e respeito por mim próprio como fotógrafo para a enfrentar. Tornara-me já mestre na minha arte – a de ver – e estava à altura da sua mestria de ser vista. Era o momento é certo.
Sabia que ela já não se dispunha a fazer muitas sessões fotográficas.
- Vickie, telefone ao agente da Marilyn Monroe e veja se ela posa para mim para a Vogue.
- Que grande ideia!
- E confirme com a Vogue. Veja no artigo deles se alguma vez publicram uma fotografia dela, está bem?
- Vou tratar disso.
- Boas notícias, chefe – disse ela – Sim, sim e não. A Marilyn Monroe diz que sim. A Vogue diz que sim., e não, nunca fizeram nada com ela.
Apanhar Marilyn Monroe sozinha num quarto, sem mais ninguém por ali, e tirar-lhe a roupa toda.
Ninguém conseguia que Marilyn posasse nua desde que Tom Kelly tirara aqueles famosos instantâneos para o calendário. Marilyn em estado puro era o que eu queria, e não via o que é que roupas tinham a ver com isso. Mas, de algum modo, tirar-lhe a roupa fazia para mim tanto sentido como ir ao Egipto e virar uma pirâmide de cima para baixo dentro de um copo de Martini.
Simplesmente não estava a ver como fazê-lo.
Bem, preocupar-me-ia com isso mais tarde.
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