Há um poema do Eduardo Guerra Carneiro onde se pode
ler:
Morrer de amor como o King Kong.
Até ler o poema do Eduardo, nunca vira o filme de
Meriam C. Cooper.
Apanhei-o tempos depois numa sessão da meia-noite no
Cinearte, meados de 1973, depois de umas bifanas e umas largas imperiais nos
Caracóis da Esperança.
Uma sala cheia para ver o filme.
Já não há sessões da meia-noite como estas e duvido
que um qualquer enchesse, mesmo num outro qualquer horário, para ver King Kong,
mesmo que esteja considerado, pelo American Film Institute, como um dos
melhores cem filmes de sempre.
A heroína do filme era a actriz Fay Wray.
Apesar de ter participado em mais de uma centena de
filmes, foi a sua criação de loura por quem um macaco gigante se apaixona que a
tornou famosa. E será sempre a imagem da jovem desfalecida na mão de um macaco
gigante, no alto do Empire State Building a ser atacado por aviões.
Sim, morrer de amor como o King Kong.
Ir ver um filme por causa de um poema.
Isto Anda Tudo Ligado, já lá dizia o velho.
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