terça-feira, 20 de agosto de 2013

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?


Há um poema do Eduardo Guerra Carneiro onde se pode ler:


Morrer de amor como o King Kong.

Até ler o poema do Eduardo, nunca vira o filme de Meriam C. Cooper.

Apanhei-o tempos depois numa sessão da meia-noite no Cinearte, meados de 1973, depois de umas bifanas e umas largas imperiais nos Caracóis da Esperança.

Uma sala cheia para ver o filme.

Já não há sessões da meia-noite como estas e duvido que um qualquer enchesse, mesmo num outro qualquer horário, para ver King Kong, mesmo que esteja considerado, pelo American Film Institute, como um dos melhores cem filmes de sempre.

A heroína do filme era a actriz Fay Wray.

Apesar de ter participado em mais de uma centena de filmes, foi a sua criação de loura por quem um macaco gigante se apaixona que a tornou famosa. E será sempre a imagem da jovem desfalecida na mão de um macaco gigante, no alto do Empire State Building  a ser atacado  por aviões.

Sim, morrer de amor como o King Kong.

Ir ver um filme por causa de um poema.

Isto Anda Tudo Ligado, já lá dizia o velho.

E dizia bem.

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