A crónica de Ferreira Fernandes no Diário de Notícias de hoje:
Os cortes são, portanto, para todos os reformados do
Estado. Todos? Isso, todos. Mas mesmo todos, todinhos? Todinhos, com exceção de
juízes, magistrados do Ministério Público, militares e diplomatas, claro. Claro
porquê? Claro porque as reformas desses estão indexadas ao salário dos
trabalhadores no ativo. E isso quer dizer o quê? O que está lá escrito, preto
no branco: as reformas desses estão indexadas ao salário dos trabalhadores no
ativo. As palavras já ouvi, mas que querem dizer? Eu traduzo: Muzyk yn de brede
sin fan it wurd. OK, OK, mas porquê beneficiar exatamente militares? Porque são
das Forças Armadas. E...?! Parecem-me duas boas razões. Que duas? O forças e o
armadas. E os juízes e os magistrados, também são forças armadas? Não, esses é
por estarem vivos. Mas todos os funcionários que recebem reforma estão vivos,
ou não? Sim, respiram, estrebucham, mas não há razões para os privilegiarmos
por isso. E então os juízes e os magistrados que vida especial têm? Uma vida
que faz prova de vida, a prova de vida deles. Prova de vida deles?! É, há
sempre um Tribunal Constitucional que declara isto inconstitucional aqui, um
Ministério Público que abre inquérito acolá, eles estão vivos e estão sempre a
dizê-lo. Então? Então, nós reconhecemo-los. Reconhecem como? Com pensões
especiais para que não estejam tão vivos. Última pergunta, e os diplomatas?
Esses é mais por uma questão estética, ficam sempre bem num grupo.
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