NO CALÇADÃO DO PONTAL, em pleno querido mês de Agosto, o Pedro falou às hostes partidárias.
Avisou que ninguém
tome por adquirido que a crise acabou, ao mesmo tempo lembrou que os sinais
económicos, no segundo trimestre do ano, permitem concluir que o país está no
rumo certo, reconhecendo ainda que as
recentes medidas propostas pelo governo podem estar feridas de
inconstitucionalidade.
Espantoso que o governo decrete medidas que sabe de
antemão que não respeitam a Constituição da República.
Mais espantoso ainda que deixe avisos aos juízes do
Palácio Ratton, lembrando que, se forem colocadas barreiras constitucionais, o país pode andar para trás.
Já no passado
alguns desses riscos se materializaram e não foi fácil ultrapassá-los,
obrigou-nos a aumentar os impostos que era uma opção que não queríamos tomar.
Sublinhou também que, ao contrário das empresas onde
é possível negociar salários quando não existe dinheiro para os pagar, no
Estado essa hipótese não se coloca por imperativos constitucionais.
MAIS DE DOZE mil casais tinham, no final de Junho
deste ano, ambos os cônjuges desempregados, o que representa um aumento de 45%
face ao mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto do Emprego e Formação
Profissional.
No final de Junho, estavam registados nos centros de
emprego de Portugal Continental 653.967 desempregados, sendo que 49% eram
casados ou viviam em união de facto.
O SECTOR DOS SEGUROS registou lucros de 464 milhões de euros no primeiro semestre, quase o
triplo face aos 168 milhões de euros do mesmo período de 2012, divulgou a Associação Portuguesa de Seguradoras.
ENTRETANTO AS PRÓXIMAS eleições autárquicas continuam mergulhadas
numa confusão total.
Tribunais têm proferido sentenças diferentes sobre
candidatos que já completaram três mandados autárquicos.
O Tribunal Constitucional terá a última palavra
sobre este lamentável assunto.
A degradação da classe política portuguesa no seu
melhor.
A ESMAGADORA MAIORIA dos padres portugueses
é de direita.
É sobejamente conhecida a íntima aliança da Igreja
com a ditadura de Salazar, tendo sido um verdadeiro
pilar do regime. A igreja, há raras excepções, nunca levantou a voz contra as
perseguições políticas, enquanto foi estendendo o silêncio sobre uma guerra
estúpida e inútil e que vitimou milhares de portugueses.
O problema do Cónego Melo não foi ter sido um
salazarista convicto.
O problema do Cónego Melo é ter sido um assassino.
O seu nome deveria ter sido levado pela água purificadora
do autoclismo, mas Mesquita Machado, crónico-socialista-presidente-da-câmara-de-Braga,
entendeu que o homem merecia uma estátua.
Colocaram-na numa praça da cidade.
Victor Louro, filho do escritor Victor Sá,
proprietário da Livraria Victor, que deu a volta às investidas pidescas, vendendo livros que Salazar não queria que fossem conhecidos, escreveu ao
secretário-geral do Partido Socilalista:
Não estão em causa as suas opiniões ou tendências
políticas - estamos em democracia. O que está em causa é ele ter sido
responsável político pelo MDLP, movimento que espalhou o terror no Norte do
País em 1975 contra militantes de Esquerda, contra sedes de partidos políticos
de Esquerda, responsável pelo assassinato de cidadãos de Esquerda. A Democracia
não pode homenagear pessoas deste jaez, porque o seu objectivo era exactamente
destruir a Democracia.
Meu Pai, Victor de Sá, foi obrigado nessa altura
(como antes houvera acontecido com a PIDE) a refugiar-se para não ser atacado -
como foi atacada a sua livraria, à bala, como ainda hoje lá está visível.
Não é apenas Mesquita Machado quem está empenhado
nesse acto, nessa afronta à Democracia e aos democratas, especialmente os
bracarenses. O silêncio total dos responsáveis do PS, em especial do seu
Secretário-Geral, tornam o PS objectivamente cúmplice dessa afronta.
O que pretendem com este acto, em que conseguem a
proeza de estarem politicamente sozinhos? O que os faz correr atrás da memória
dessa figura tenebrosa, um dia se saberá. Mas, neste momento, é preciso, é
urgente, que o líder do PS ponha cobro a mais esta tentativa desesperada, e
respeite a memória daqueles que duramente e corajosamente se bateram contra o
fascismo.
Entretanto, no pedestal da estátua, pintadas a
vermelho, foram escritas as palavras: fascista e assassino, ao mesmo tempo que
foi atirada tinta azul para o conjunto escultórico, que atingiu a própria
estátua.
Por uma vez:
TENHAM VERGONHA NAS TROMBAS!
EM JANEIRO, A REVISTA Forbes considerou
Isabel dos Santos, a filha mais velha do Presidente angolano José Eduardo dos
Santos, como a mulher mais rica de África. Agora, publicou uma investigação em
que clarifica a origem da sua fortuna: vem de ficar com uma parte de empresas
que querem estabelecer-se em Angola ou da providencial assinatura do pai numa
lei ou decreto.
A revista norte-americana diz claramente que a
história de Isabel dos Santos, a milionária de 3000 milhões de dólares no país
onde 70% dos habitantes vivem com menos de 2 dólares por dia, é uma rara janela para a mesma trágica
narrativa cleptocrática em que ficam presos muitos outros países ricos em
recursos naturais.
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