O GOVERNO já de há
muito faz leis que vão contra a Constituição da República.
Porque a habilidade lhe serve de
capa para aplicar ao país mais austeridade.
Os jornalistas de
serviço, atentos, venerandos, vão compondo o ramalhete fazendo passar o recado que
o Tribunal Constitucional é uma força de bloqueio, que, manifestamente, impede
que se faça a reforma estrutural do
estado, seja lá o que isso for.
A primeira página do
Público de hoje revela o que
já se sabia: que o Pedro ameaça já com segundo resgate que, inevitavelmente,
vai trazer mais austeridade, mais sacrifícios e, sobretudo mais miséria.
BAPTISTA-BASTOS no Diário de Notícias:
António Borges foi,
até ao fim, António Borges.
PEDRO TADEU no Diário de Notícias:
Não me esqueço
quando António Borges disse que "a diminuição de salários não é uma
política, é uma urgência".
Não me esqueço
quando defendeu que os trabalhadores deveriam pagar mais taxa social única e os
patrões menos.
Não me esqueço
quando advogou a destruição da RTP.
Não me esqueço que
instituições como a Goldman Sachs e o FMI foram responsáveis, no tempo em que
ele lá esteve, pela distorção de equilíbrios na economia mundial que nos
levaram a uma crise gigantesca empobrecedora de milhões de pessoas.
Não me esqueço que
aquelas instituições onde ele pontificou foram cúmplices (e até autoras) de
autênticos crimes económicos que, tirando um ou outro bode expiatório mais
desprotegido, ninguém pagou, a não ser as suas vítimas, diretas ou indiretas.
António Borges
seria pessoalmente admirável mas a sua visão do mundo, para mim, era
detestável. Para um homem que sempre odiou a hipocrisia, penso que o que
escrevo é o verdadeiro sinal de respeito que, sem dúvida, lhe é devido.
AS DIFICULDADES ECONÓMICAS
impedem muitas vezes as famílias de irem aos hospitais buscar os seus
familiares idosos depois de terem alta médica.
Numa ronda feita
pela Lusa juntos dos
principais hospitais de Lisboa, Porto e Faro constatou-se a existência de
vários idosos internados com alta médica, mas cujas famílias não os vão buscar
devido aos seus constrangimentos económicos e, por vezes, físicos.
Trata-se
maioritariamente de uma população com idade superior a 70 anos, portadora de
doenças crónicas e incapacitantes, totalmente dependentes ou semi-dependentes,
com famílias que apresentam dificuldades em prestar-lhes apoio efectivo.
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