sábado, 31 de agosto de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


O GOVERNO já de há muito faz leis que vão contra a Constituição da República.

Continua a insistir.

Porque a habilidade lhe serve de capa para aplicar ao país mais austeridade.

Os jornalistas de serviço, atentos, venerandos, vão compondo o ramalhete fazendo passar o recado que o Tribunal Constitucional é uma força de bloqueio, que, manifestamente, impede que se faça a reforma estrutural do estado, seja lá o que isso for.

A primeira página do Público de hoje revela o que já se sabia: que o Pedro ameaça já com segundo resgate que, inevitavelmente, vai trazer mais austeridade, mais sacrifícios e, sobretudo mais miséria.

BAPTISTA-BASTOS no Diário de Notícias:

António Borges foi, até ao fim, António Borges.

PEDRO TADEU no Diário de Notícias:

Não me esqueço quando António Borges disse que "a diminuição de salários não é uma política, é uma urgência".

Não me esqueço quando defendeu que os trabalhadores deveriam pagar mais taxa social única e os patrões menos.

Não me esqueço quando advogou a destruição da RTP.

Não me esqueço que instituições como a Goldman Sachs e o FMI foram responsáveis, no tempo em que ele lá esteve, pela distorção de equilíbrios na economia mundial que nos levaram a uma crise gigantesca empobrecedora de milhões de pessoas.

Não me esqueço que aquelas instituições onde ele pontificou foram cúmplices (e até autoras) de autênticos crimes económicos que, tirando um ou outro bode expiatório mais desprotegido, ninguém pagou, a não ser as suas vítimas, diretas ou indiretas.
António Borges seria pessoalmente admirável mas a sua visão do mundo, para mim, era detestável. Para um homem que sempre odiou a hipocrisia, penso que o que escrevo é o verdadeiro sinal de respeito que, sem dúvida, lhe é devido.

AS DIFICULDADES ECONÓMICAS impedem muitas vezes as famílias de irem aos hospitais buscar os seus familiares idosos depois de terem alta médica.

Numa ronda feita pela Lusa juntos dos principais hospitais de Lisboa, Porto e Faro constatou-se a existência de vários idosos internados com alta médica, mas cujas famílias não os vão buscar devido aos seus constrangimentos económicos e, por vezes, físicos.

Trata-se maioritariamente de uma população com idade superior a 70 anos, portadora de doenças crónicas e incapacitantes, totalmente dependentes ou semi-dependentes, com famílias que apresentam dificuldades em prestar-lhes apoio efectivo.

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