No dia 19 de Agosto de 1936, Federico Garcia Lorca foi assassinado nos arredores de Granada.
Lorca, então com 38 anos, foi preso por um deputado católico de direita que justificou a sua prisão dizendo que ele era mais perigoso com a caneta do que outros com o revolver.
Entrada, datada de 19 de Agosto de 1986, de Miguel Torga no seu Diário:
Há meio século que Lorca foi fuzilado. Mas os anos não atenuaram o horror do crime de Granada. Pelo contrário. E os deuses sabiam que seria assim. Por isso, quiseram que na voragem que abriu as portas à violência do nosso tempo, para opróbrio dos carrascos, a poesia tivesse o seu quinhão. É que só ela, encarnada, poderia ser o símbolo perene e puro do martírio inocente e o mais nobre penhor da eterna ressurreição da liberdade.
Entrada, datada de 19 de Agosto de 1986, de Miguel Torga no seu Diário:
Há meio século que Lorca foi fuzilado. Mas os anos não atenuaram o horror do crime de Granada. Pelo contrário. E os deuses sabiam que seria assim. Por isso, quiseram que na voragem que abriu as portas à violência do nosso tempo, para opróbrio dos carrascos, a poesia tivesse o seu quinhão. É que só ela, encarnada, poderia ser o símbolo perene e puro do martírio inocente e o mais nobre penhor da eterna ressurreição da liberdade.
Tinha estudado poesia na escola, mas foi só quando,
acidentalmente, dei de caras com um livro de Lorca que percebi o que era a
poesia. Tocou-me tão fundo, que a partir desse momento, percebi o que queria
ser: poeta. Quando a minha filha nasceu resolvi chamar-lhe Lorca Sarah
Cohen. Ele teve a mais profunda influência na minha vida e na minha carreira.
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