longo tempo permaneceste a ocidente.
à tua volta
erguiam-se as treze colinas de Y. e as
belas cidades
incendiadas
dissera-me o
último viajante que era frequente
encontrar-te
triste meia louca e triste
nas horas do
crepúsculo
e que mais tarde
partias para norte aí
onde começam os
grandes frios os grandes frios.
sei que
adormeceste em camas de mobília antiga
o teu quarto era
azul laranja
desordenado como
as manhãs da ilha
erguido sobre os
altos rochedos –
mas nada
destruiu o teu hálito a cidra e a vinhos
ainda puros
talvez fosse
esse apenas o mistério que durante
alguns invernos
tanto perturbou as populações do litoral.
não sei todavia
se guardas ainda
o nome do amigo que não conhecemos e a
8 de OUTUBRO
MORRIA EM LA PAZ.
LEMBRAS-TE?
entretanto
alguma coisa se passou que ultrapassa a
excessiva
solidão do poema.
podia
falar-te por fim
da casa onde acaba o rio
com as flores
amarelas e raras
que havias de trazer dos países
distantes.
PORÉM
que noite ainda
poderá quebrar o silêncio da ilha?
José Agostinho Baptista em deste lado onde
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