Manuel: «Salazar, depois de cair da cadeira, era um
tirano deposto e impotente. Mas não o sabia. O governo ia a despacho, a recado,
fingia que atendia as suas instruções, uma farsa ignóbil, que, apesar de tudo,
o Salazar não merecia. Desrespeitaram-no pensando que, mentindo, o respeitavam.
Como Lear, ele era “um pedaço de natureza arruinada”. Porém, era um destroço
que ainda infundia terror.»
Baptista-Bastos em O Cavalo a Tinta-da-China.
Legenda: fotografia tirada do Público Magazine, 12 de
Março de 1995
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