Mais que Mick Jagger, os Rolling Stones são Keith Richards.
Já havia histórias avulsas, mas a leitura de Life permite
concluir que Jagger era um mero e vaidoso adereço.
Keith provém de uma família de músicos e não perdeu a oportunidade de
seguir os mesmos caminhos.
Gus &Eu, conta a história em que Keith, por obra e graça do avô abraça a sua primeira guitarra.
Deitava-me com ela e envolvia-a nos braços.
Deitava-me com ela e envolvia-a nos braços.
Theodore Augustus Dupree, mais conhecido por Gus, avô de Keith, sabia tocar piano e
fazer virar um violino, soprar no saxofone e dedilhar uma guitarra. Ele tinha
sido soldado, padeiro, e líder de uma banda de jazz.
Quando entendeu chegada a hora, ensinou Keith a fazer acordes e deu-lhe
como trabalho de casa Malagueña, uma peça de Ernesto Lecuona.
Gus achava que Malagueña constituía a base perfeita para aprender
a tocar guitarra porque faz uso de uma técnica de dedilhado que contribui de
forma crucial para desenvolver o tom do guitarrista.
Tempos depois, Gus disse ao neto:
E começou a magia.
Quando lhe disseram que o quinto neto vinha a caminho, Keith, ou alguém
por ele, entendeu que era a altura de, em livro, render homenagem ao Gus e assim nasceu Gus &Eu.
Aquele abraço especial entre os netos e os avós é
único e merece ser preservado. Esta é a história de um desses momentos mágicos.
Que eu possa ser um avô tão incrível como Gus foi para mim.
O livro é brilhantemente ilustrado por Theodora, uma das filhas de
Keith Richards.
Gus &Eu é uma história comovente, um livro belíssimo.
Com Gus, nunca se sabia onde íamos parar.
Uma vez, ele fez-me subir até ao topo da Primrose Hill
para ver as estrelas da noite.
- Não sei se conseguimos chegar a casa esta noite -
disse-me o Gus. Por isso, dormimos debaixo de uma árvore no cimo da colina, com
as estrelas no céu em cima e as luzes da cidade em baixo.
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