Só sei de uma maneira
de beber gin. A receita clássica, ou seja:
Gelo, rodela de limão de casca amarela, aprisionada entre
os cubos de gelo, gin e água tónica, de preferência Schweppes que,
lamentavelmente, por estes sítios não tem quinino, apenas essência.
Num jantar familiar impingiram-me gin num enorme balão.
Não armei um enorme pé-de-vento que noutros tempos teria
saído.
Mas já estou velho!...
Simpaticamente apenas perguntei o que é que estava junto
com o gin. Disseram-me que era zimbro, cardamomo, pimenta cubeba, pimenta rosa,
pimenta sichuan, anis
estrelado.
Sorri e lembrei-me do Mário-Henrique Leiria, o escritor que bebia Gin.
E obrigatoriamente lembrar que o Público, na sua «colecção composta
de 10 obras de grandes autores, raras ou descontinuadas nas editoras, que foram
escolhidas pelos leitores, através de votação, a partir de 188 títulos sugeridos»,
publicou, no dia 4 de Março, como primeiro volume os Contos do Gin-Tonic do Mário-Henrique Leiria.
Comprem, leiam esta autêntica maravilha.
Também uma velha história: o meu avô, nos jantares de domingo, uma vez por mês, o dinheiro era muito curto, comia-se galinha assada no forno, no final bebia uma gotinha de Genebra.
A garrafa durava uma eternidade e, depois de vazia, servia de botija para as noites de Inverno.
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