domingo, 6 de março de 2022

FALAR DE LIVROS, DISCOS COMO CONVERSAS DE CEREJAS



 As conversas são como as cerejas, falar de livros e discos também.

Quando atrás citei o livro do António Cartaxo, «Ao Sabor da Música», lembro-me que andei à procura do Play Bach de Jacques Loussier, por ele citado, mas nunca o encontrei. 

Também não perdi muito tempo, é certo. Poderia socorrer-me da Amazon, mas não tenho Cartão de Crédito, nem dinheiro, diga-se, e Bach por Loussier perderam-se, varridos pelo vento, em qualquer esquina da cidade.

Mas lembro-me que comprei, naqueles anos 60, na velha Grande Feira do Disco,na Rua Forno do Tijolo, este Bach Street e lembro-me também  -oh! se lembro!... – que muitas vezes beberricando Whisky, o meu pai, eu pelo gin-tonic, ficávamos a ouvir este disco, naquele móvel com gira-discos e telefonia, que havia aqui em casa, o mesmo móvel em que o meu filho, hoje com quase 50 anos, com o ouvido no alti-falante, ouvia a Tourada do Tordo e do Ary dos Santos.

Se fosse hoje, estaríamos a falar da invasão da Ucrânia, e ainda há dias murmurei para dentro de mim «o que pensaria o meu  pai-marxista-leninista destes dias trágicos».

Claro, com poucas ou nenhumas possibilidades de errar, sei a resposta!...


1 comentário:

Anónimo disse...

Se tivesses pedido o Jacques Loussier há mais tempo já o terias... :):):)
Miguel