As conversas são como as cerejas, falar de livros e discos também.
Quando atrás citei o livro do António Cartaxo, «Ao Sabor da Música», lembro-me que andei à procura do Play Bach de Jacques Loussier, por ele citado, mas nunca o encontrei.
Também não perdi muito
tempo, é certo. Poderia socorrer-me da Amazon, mas não tenho Cartão de Crédito,
nem dinheiro, diga-se, e Bach por Loussier perderam-se, varridos pelo vento, em
qualquer esquina da cidade.
Mas lembro-me que comprei, naqueles anos 60, na velha Grande Feira do Disco,na Rua Forno do
Tijolo, este Bach Street e lembro-me
também -oh! se lembro!... – que muitas
vezes beberricando Whisky, o meu pai, eu pelo gin-tonic, ficávamos a ouvir este
disco, naquele móvel com gira-discos e telefonia, que havia aqui em casa, o
mesmo móvel em que o meu filho, hoje com quase 50 anos, com o ouvido no
alti-falante, ouvia a Tourada do
Tordo e do Ary dos Santos.
Se fosse hoje, estaríamos a falar da invasão da
Ucrânia, e ainda há dias murmurei para dentro de mim «o que pensaria o meu pai-marxista-leninista destes dias trágicos».
Claro, com poucas ou nenhumas possibilidades de errar,
sei a resposta!...
1 comentário:
Se tivesses pedido o Jacques Loussier há mais tempo já o terias... :):):)
Miguel
Enviar um comentário