Ninguém tem corpo mais fino,
nem braços tão delicados
como este lódão
crescendo com vigor à minha porta.
Tenho com ele desvelos de namorado,
limpo-o de ervas daninhas,
rego-lhe a terra ao calor de Agosto,
alegro-me a cada rebento novo,
cada folha recente. Cresce e cresce
em esplendor, certo de ser amado.
Eugénio de Andrade em Rente ao Dizer
Colaboração de Aida Santos
Legenda: imagem
pintada por Aida Santos
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