Gostava de ler as crónicas que Ana Cristina Leonardo escrevia para a revista do Expresso, donde, suponho, tenha sido saneada.
Mas agora posso lê-las no
suplemento Ipsilon do Público e, por vias travessas, vim a saber que regressou às suas Meditações na Pastelaria.
Nem sempre concordo com o que escreve,
mas isso é a história da minha vida de leitor.
Hoje, na Pastelaria, acabei por apanhar
três apontamentos sobre a invasão da Ucránia.
O primeiro tem por título «Formas de Protesto Notáveis», diz
respeito à fotografia que encabeça este texto, e conta-nos:
«Mulher
russa vestida com as cores ucranianas no Metro de Moscovo.
[Fotografia
roubada a Hananya Naftali, no Twitter]»
O segundo tem por título «Pois, a Ucrânia não é a Síria e estes são
os nossos refugiados», e diz assim:
«E
quando se lêem as declarações do primeiro-ministro búlagro, Kiril Petkov,
confirmamos que há mesmo refugiados de primeira e de segunda, e de terceira e
etc.
«Estes
refugiados não são os refugiados a que estamos habituados. Trata-se de pessoas
que são europeias, pelo que nós e todos os países da UE estamos prontos a
acolhê-las. São... pessoas inteligentes, pessoas educadas... Portanto, nenhum
dos países europeus tem medo da onda de emigrantes que está para vir.»
E
coisas destas passam pelo intervalo da chuva de balas!»
Por fim, «Invasão da Ucrânia: vítimas de guerra com tratamento diferenciado.
Porra, meus!
«Às
vezes penso que a Marguerite Duras tinha realmente razão: «Que le monde aille à
sa perte».
A
União Africana denuncia tratamento discriminatório de cidadãos africanos que
tentam sair da Ucrânia.
E
se isto não é racismo, eu sou a Nossa Senhora de Fátima!»
Sem comentários:
Enviar um comentário