Face ao tropel de notícias de guerra e destruição, refugio-me a mexer em livros.
Estará tudo nos
livros?
Reparo que uma parte enorme dos livros da Biblioteca da Casa estão marcados.
Eu também.
Um livro para miúdos e graúdos - «Alice no País das Maravilhas» de Lewis Carroll.
Há quanto tempo
não o folheava:
«- Nesta direcção - disse o Gato, erguendo a pata direita - vive um
Chapeleiro e naquela direcção - erguendo a outra pata - vive uma Lebre de
Março. Visita o que mais te agradar: são ambos malucos!
- Mas eu não quero ir para o meio de gente maluca - disse Alice.
- Oh! Não podes evitá-lo - disse o Gato. - Aqui somos todos malucos. Eu sou
maluco. Tu és maluca!
- Como é que sabes que eu sou maluca?, perguntou Alice.
- Deves ser! - respondeu o Gato - se não fosses não tinhas cá vindo ter.»
3 comentários:
A propósito de Gato - que dizer àquele miserável programa "Isto é gozar com quem trabalha" em que o (nem sei como designá-lo) Ricardo Araújo Pereira liquidou, massacrou, humilhou o jornalista Francisco Penim; como foi possível esta miserável liquidação de um profissional que certamente se sentiu enxovalhado por um labrego sem graça.
Isto é sentenciar um homem que está a dar o seu melhor num terreno desconhecido em que o Sr.Pereira certamente se borraria todo se lá tivesse que ir.
VERGONHOSO!
Salvo uma qualquer partícula de interesse que por lá aconteça - certos documentários da RTP 2, algum filme perdido daquele pântano dos canais ditos de cinema - não vejo televisão. Sei que estarei em contraciclo, mas não aprecio o «brincar com coisas sérias» que Ricardo Araújo Pereira - que não é um parvo qualquer, apesar de alguns deslizes - , e outros parceiros, vão praticando. Acontecem mas não vejo, e assim poupo-me às indignações que o Seve presenciou.
A RTP2 passa frequentemente excelentes comentários - há que estar atento (por exemplo, amanhã, 3.feira às 23 horas sobre a Anne Arendt).
Também eu penso que RAPereira não é nenhum parvo mas creio que lhe elevaram demasiado o ego e daí ele se julgar o maior e imune a todas as críticas, definindo-as como um simples pó que se sacode com facilidade; - aquela liquidação profissional de um colega da Comunicação Social F.Penim) é infâme.
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