sexta-feira, 7 de julho de 2023

POSTAIS SEM SELO


 «Creio que escrever muito não garante uma escrita de qualidade.»

 Robert Walser em Cinza,Agulha, Lápis e Fosforozitos

 Legenda: Pormenor da capa de Cinza, Agulha, Lápis e Fosforozitos, pintura de Cornelis Norbertus Gijsbrechts.

5 comentários:

Luis Eme disse...

Mas leva-nos a "escrever de olhos fechados". :)

Seve disse...

Há anos que "ando atrás" deste Robert Walser, que passou metade da sua vida internado num hospício. Contudo, ainda não consegui ler um livro dele, mas tenho uma curiosidade imensa por este misterioso escritor.

Sammy, o paquete disse...

O Walser, conheço-o mal, é um tipo desconcertante. Escrever muito tem as suas virtudes e ele talvez tenha razão quando diz que a qualidade não virá por aí. O meu pai gostava do Urbano Tavares Rodrigues, e falando comigo acrescentava que tem coisas interessantíssimas mas dá sempre a ideia que em vez de escrever, mija livros. O Urbano é um autor que, como tantos outros, vai caindo no esquecimento, e aproveitar para dizer que a extraordinária Maria Judite de Carvalho que viveu à sombra do amável marido, talvez, se tivesse viajado por outros caminhos, longe das noites e do silêncio caseiros, fosse uma escritora diferente E eu gostaria desses novos olhares?
Bela pergunta!

Sammy, o paquete disse...

Descobri-o há poucos anos, Seve. A Ana Cristina Leonardo diz que é o único suíço que vale a pena conhecer. Tenho andado em demanda de livros do Robert Walser porque apenas tenho o que agora comprei na Feira do Livro, o resto são coisas soltas lidas aqui e ali. Terei que vasculhar alfarrabistas porque livrarias é o que se sabe!...

Seve disse...

Mas ainda haverá livrarias? Ou haverá armazéns que acondicionam livros (quase todos com com fiel de armazém).