Os pôr de sol
já andaram por aqui, em palavras e músicas.
Não lembra
bem como tudo começou.
Há mais de 50
anos mora numa casa com vista que solta-se da Ponte Sobre o Tejo até ao
aeroporto da Portela.
Por um dia,
desatou a tirar fotografias de entardeceres com uma fatela máquina comprada em
«loja de chineses».
Se não lembra
como começaram, também não lembra com acabaram. O começo data de 6 de Junho de
2015, o fim de 7 de Dezembro de 2017, e, apesar de quase dois anos decorridos,
há apenas 18 Entardeceres.
Não se sabe
nunca que mistérios nos pode trazer um pôr de sol.
Se formos
mais concretos, lembraremos sempre o que Chaplin em «Luzes da
Cidade» diz: «A elegante melancolia do Crepúsculo.»
E ele agora
volta aos pôr-do-sol porque, num golpe quase de mágica, descobriu que Rui
Ornelas, vizinho do 4º andar deste prédio com 51 anos, diariamente, nos
finais do dia, tira fotografias, belíssimas fotografias, que nada, mesmo nada,
têm a ver com as da sua máquina de «loja de chineses».
Aberto o pano
para estes novos entardeceres, neste primeiro de Agosto, primeiro de
Inverno, lembra Françoise Hardy que há um mês, mais alguns dias, nos deixou e lembra-a na
canção «Dis Lui Non», que um velho e querido amigo, o Pedro
Freitas Branco, considera uma das melhores canções da década de 60.
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