M. Teixeira Gomes
Castelo
Branco Chaves
Cadernos da
Seara Nova
Seara Nova,
Lisboa, 1934
O amor não podia ser para este pagão
senão uma realidade feliz, um deleite do espírito e um prazer para os sentidos,
e, por isso, verá no amor místico uma das formas da sensualidade amorosa, em
Santa Teresa de Jesus o paradigma desse amor. Para ele, como para um grego, o
amor significa o que é bom e o que nas faz felizes.
Lemaitre afirmou algures que todo aquele
que possue uma universal curiosidade é por esse mesmo facto um espírito
temperado e senhor de si. Em Teixeira Gomes verifica-se o acerto desta afirmação
e toda a sua obra é um belo espectáculo de harmonia. Esta, também, uma das
marcas do seu helenismo, que não é uma saudade, nem um desejo, nem, mesmo, um
ideal que laboriosamente tenha criado – mas a revelação de um temperamento que
encontrou no helenismo
a suprema harmonia entre o seu eu e a Natureza, entre o seu eu e a Vida.
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