Conheceu o
Mário-Henrique Leiria na redacção do jornal República e passou
a acompanhá-lo em algumas tardes no Bar Expresso, no Largo
Trindade Coelho, mesmo ao lado do jornal.
O Mário é um
tipo inclassificável, mas espantosamente fascinante.
Claro que
poucos o conhecem e muitos menos o leem.
Pois é do
Mário-Henrique o mote escolhido para o pôr-do-sol que o Rui Ornelas fotografou.
O mote já, largamente, por este Cais foi (re)dito, mas acha-o, simplesmente
brilhante e não hesita na sua repetição:
«… encostou-se no parapeito da janela
aberta e ficou a olhar o entardecer discreto e melancólico.»
Falando-se de
Mário-Henrique Leiria, tirando-se citação de um dos seus contos do Gin-Tonic,
entendeu-se voltar a Françoise Hardy, precisamente a um dos seus álbuns a que
chamou «Françoise-Gin-Tonic-Hardy», editado em 1980, e, naturalmente a canção
seis da Face A que, justamente, Françoise chamou «Gin Tonic».
Dois
gin-tonics, um bar de hotel, talvez em Londres, ou Paris, ou Berlim, mesmo
Bruxelas, um piano triste palavras algo falsas, desencontradas, paraísos
artificiais ditos indefinidos…
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