domingo, 6 de outubro de 2024

O OUTRO LADO DAS CAPAS


Desde 1976, a crítica gastronómica do Expresso é feita a partir de visitas anónimas, sendo pagas pelo jornal todas as refeições e deslocações.

Quem iniciou a função foi José Quitério.

E desde as primeiras linhas não se preocupou apenas com os pratos que degustou, os vinhos que bebeu.

Enrolou tudo numa escrita cativante que tratava a gastronomia com uma cultura geral admirável, que deixou marcas e alguns seguidores.

Segundo Mário de Carvalho «José Quitério é um dos grandes prosadores do nosso tempo. Porventura o maior. Um jornalista? Sim, um jornalista, um escritor, um erudito, um homem de cultura, um excelente conversador.»

Neste folheto, que aparece hoje em Olhar as Capas, debruçamo-nos sobre um «velho» restaurante de Lisboa, «O Funil», na Avenida Elias Garcia nº 82-A:

«É grato e reconfortante fazer escala num porto seguro, sem afunilamentos, onde há respeito pela gustação e pela bolsa. Que se revisita sempre com o mesmo alvoroço festivo com que se reencontra um amigo velho.»

Legenda: pintura de Giovani Stanchi

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