Desde
1976, a crítica gastronómica do Expresso
é feita a partir de visitas anónimas, sendo pagas pelo jornal todas as
refeições e deslocações.
Quem iniciou a função foi José Quitério.
E desde as primeiras linhas não se preocupou apenas
com os pratos que degustou, os vinhos que bebeu.
Enrolou tudo numa escrita cativante que tratava a
gastronomia com uma cultura geral admirável, que deixou marcas e alguns
seguidores.
Segundo Mário de Carvalho «José Quitério é um dos grandes prosadores do nosso tempo. Porventura o
maior. Um jornalista? Sim, um jornalista, um escritor, um erudito, um homem de
cultura, um excelente conversador.»
Neste folheto, que aparece hoje em Olhar as Capas, debruçamo-nos sobre um
«velho» restaurante de Lisboa, «O Funil», na Avenida Elias Garcia nº 82-A:
«É grato e reconfortante fazer escala num porto seguro, sem afunilamentos, onde há respeito pela gustação e pela bolsa. Que se revisita sempre com o mesmo alvoroço festivo com que se reencontra um amigo velho.»
Legenda: pintura de Giovani Stanchi
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