Em 1950, após perder (1-2) a final do
Mundial frente ao Uruguai, em pleno Maracaña, o Brasil ficou em estado de
choque com excepção, talvez, de um só brasileiro. E distinto, por sinal. O
nome? Garrincha (1933-1983), o anjo das pernas tortas, um dos maiores craques
de sempre. Eis como ele viveu esse episódio que atirou o Brasil para profunda
depressão: «No último joga da Copa que tene no Rio, eu não dei bola. Não ouvi
nem rádio. Fui caçar passarinho. Quando cheguei de tardinha, lá em Pau Grande,
levei um susto danado: todo o mundo chorava. Pensei que fosse desastre de trem.
Quando me contaram que o Brasil tinha perdido é que fiquei calmo e falei pró
pessoal que era bobagem chorar por causa do futebol».
António Casanova em A Bola.
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