sexta-feira, 5 de abril de 2013

OBVIAMENTE...


… demitiu-se…

Tarde demais, mas aconteceu.

Há umas semanas atrás, a historiadora Maria de Fátima Bonifácio, numa entrevista ao Público, dizia:

Espanta-me que Passos Coelho não se dê conta a que ponto é a que conservação de Miguel Relvas no Governo corrói a imagem dele e o descredibiliza. Ou então tem e nós temos o direito de pensar que ele lhe deve favores de tal ordem que não pode correr com ele. E isso é outra maneira de minar completamente a sai imagem. É um dos maiores erros políticos de Passos Coelho. É incrível como aquele sempre-em-pé do Miguel Relvas ainda está no Governo. Até é ofensivo, ter um governo com Miguel Relvas.

E foi isso que Relvas, do fundo do cínico-sorriso.com-que-nos-encharcou-os-dias, deixou bem vincado: os cinco anos em que percorreu o país a trabalhar, sem descanso, para dar o poder a Pedro Passos Coelho.

E não se inibiu de bolsar que a História o julgará.

Relvas não sabe que a História não julga vómitos.

Os vómitos têm a sanita como destino e o imediato puxar do autoclismo.

Pessoas como Relvas não merecem o nosso ódio, nem o nosso combate.

Tão só o nosso desprezo.

O nosso contentamento, com a demissão do Relvas, só não é maior porque a demissão colectiva do governo não aconteceu.

Por enquanto…

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