segunda-feira, 22 de abril de 2013

PARA ALÉM DA SOMBRA DAS PENALIDADES


Segundo o Público, o IPAM – The Marketing School fez as contas e concluiu que o derby de ontem, entre o Benfica e o Sporting, gerou cerca de 14,5 milhões de euros, entre receitas directas e indirectas.

O estudo soma as verbas gastas com restauração, viagens, bilheteira, publicidade, segurança, merchandising e direitos televisivos.

A maior fatia deste valor advém dos consumos realizados fora do Estádio do Sport Lisboa e Benfica durante os 90 minutos de jogo. Entre cervejas e snacks, a ver o jogo em casa ou num espaço público, estima-se que os cerca de quatro milhões de telespectadores gastaram 6,9 milhões de euros.

Em receitas directas, o estudo aponta para 2,3 milhões de euros, 15 por cento do valor global. Nesta categoria, são contabilizados os proveitos relacionados com a organização da partida, sendo as receitas de bilheteira (65 mil espectadores, equivalente a um milhão de euros), os direitos televisivos (800 mil euros) e os gastos com a restauração no interior do Estádio do Sport Lisboa e Benfica (300 mil euros), pela referida ordem, os factores que mais contribuíram para o valor apontado.

Um quarto do impacto económico total (3,9 milhões de euros) resulta do consumo na restauração. Para este valor, muito contribuí o facto de o desafio não ter sido transmitido em canal aberto, levando muitos adeptos até cafés e restaurantes.

Junte-se a tudo isto, um parágrafo de um escrito de Mário Castrim, datado de Julho de 1972:

Digo também eu que o futebol é uma arma poderosa nas mãos dos políticos os quais se servem dele (como de outras coisas) para distrair a atenção popular, para a dividir e até para lhe baixar o nível de exigência.

E uma frase de Constança Cunha e Sá, datada de Setembro de 2006:

Não, o futebol não é um mundo à parte. Pelo contrário, é o espelho que melhor reflecte a nossa mediocridade.

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