Segundo números revelados pela Secretaria de Estado da Cultura, mais de
200 concelhos do país deixaram de ter salas de cinema o que equivale a dizer
que há 3,8 milhões de portgueses sem cinema.
O recente processo de falência da Castelo-Lopes, o segundo maior
exibidor nacional, deixou o mercaco entregue à Zon Lusomundo que têm os olhos,
exclusivamente, virados para filmes que geram lucro fácil do que para a exibição de filmes de minorias.
Disseram-me, ontem, que as salas do Cascais-Villa fecharam portas e o
panorama, pelo país fora, estende-se dramaticamente em cada dia que passa.
Ficámos também a saber que os responsáveis pelo Festival de Cinema Fantasporto avançaram para um despedimento colectivo na tentativa de conseguirem
uma ténue possibilidade que permita a continuação de um evento de real interesse público.
Pode ser um pré-fim do Fantasporto mas fizemos isto para evitar o pior,
uma insolvência, disse o seu director Mário Dorminsky.
É curtíssima a contribuição do Estado, os mecenas e os patrocinadores,
verdadeiramente interessados, contam tostões para poderem ajudar mas não são
sufientes.
Porque quem tem dinheiro não está
virado para essas coisasa banais da cultura e prefere colocar o dinheiro em
paraísos fiscais.
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