Eram duras e
variadas as dificuldades com que as revistas de cultura, como a Seara Nova,
a Vértice, O Tempo e o Modo, viviam em tempos da ditadura.
A maior parte
dos livros editados por essas revistas não chegavam às livrarias.
Com medo da
actuação da PIDE, muitas recusavam-se a recebê-los.
Era através dos
seus assinantes que os livros eram divulgados e vendidos.
Assim aconteceu,
por exemplo, com A Praça da Canção, editada pela Vértice.
Posteriormente,
a Ulisseia fez uma 2ª edição que, de imediato, na sua quase totalidade, foi
apreendida pela PIDE.
Mas havia
livreiros que tinham o cuidado de esconder livros que, de antemão, sabiam que
seriam alvo da actuação da sinistra polícia.
Em Lisboa, A
Barata foi um bastião dessa luta.
Em Braga, a Livraria
Victor, propriedade do escritor Victor de Sá.
Há outros exemplos
em cidades como Coimbra, Porto, Setúbal, Faro.
Este é um dos exemplos das dificuldades que a Seara Nova – e não só! – enfrentava: a regularização do pagamento das assinaturas.
À data deste
aviso, publicado na Seara Nova n º 1465 de Novembro de 1967, seis
escudos era o preço de cada número da revista.
O que se segue, é um outro
tipo de dificuldades vividos naquele tempos.
Veio publicado
na Seara Nova nº 1480 de Fevereiro de 1969.
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