No dia em que me cruzar com o russo que me atirar à
cara o “Guerra e Paz” e o americano que me tente ofuscar com o Grand Canyon, eu
pergunto-lhes: “Têm dois minutos e vinte e sete segundos?” Se não, pior para
eles. Se sim, ficarão agradecidos para o resto da vida. Ponho-os a ouvir “Mar
Goês”.
“Mar Goês é a prova que sim. Sim, um dia os portugueses
entraram em pequenos barcos e tornaram o mundo grande, porque completo. Havia
de ser um amanuense do Hospital de São José, um tímido com andar estranho, que
me confirmaria que já houve portugueses fortes. Os dedos de Carlos Paredes são
como os lenhadores do pinhal de Leiria, são como o marinheiro que subia à
gávea, são como o capitão que dizia por ali e não cedia.
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