Por quê Mário?
Por quê Cesariny?
Por quê — ó meu Deus de Vasconcelos?
Não sabes que um polícia de costumes é o agente interino
da moral dos vitelos?
Alarga Mário a larga pássara do canto
e verás que à ilharga da imagem
o deus da vadiagem
fará de ti um santo.
Meu santo minha santa
Filomena tirada dos altares
quando a alma dos outros é pequena
melhor é ir a ares.
Areja Mário a pluma que sobeja
ao teu surrealismo
antes o ar de Londres que o de Beja
antes a bruma do que o sinapismo
Fornica meu poeta
sem a arnica
dos padrecas da terra.
Antes em Telavive que o tal estar
aqui
de cu pró ar
a ver quem nos enterra.
A fundo Mário se quiseres
baratinar os chuis.
Nem vinho já sabemos nem mulheres
mas os colhões de teres
os três olhos azuis.
Por quê — ó meu Deus de Vasconcelos?
Não sabes que um polícia de costumes é o agente interino
da moral dos vitelos?
Alarga Mário a larga pássara do canto
e verás que à ilharga da imagem
o deus da vadiagem
fará de ti um santo.
Meu santo minha santa
Filomena tirada dos altares
quando a alma dos outros é pequena
melhor é ir a ares.
Areja Mário a pluma que sobeja
ao teu surrealismo
antes o ar de Londres que o de Beja
antes a bruma do que o sinapismo
Fornica meu poeta
sem a arnica
dos padrecas da terra.
Antes em Telavive que o tal estar
aqui
de cu pró ar
a ver quem nos enterra.
A fundo Mário se quiseres
baratinar os chuis.
Nem vinho já sabemos nem mulheres
mas os colhões de teres
os três olhos azuis.
José Carlos Ary
dos Santos em Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, Edição
de Fernando Ribeiro de Mello, Lisboa s/d
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