Pátios de Lisboa, Aldeias Entre Muros
Ana Cristina
Teixeira
Fotografias:
João Francisco Vilhena
Capa: José
Teófilo Duarte
Gradiva, Lisboa,
Novembro de 1991
Lisboa é uma cidade onde existem muitos pátios.
Encontramo-los não só nos bairros mais antigos, mas
também em todas as áreas da urbe, mesmo nas que outrora faziam parte da franja
rural da cidade, como Chelas, Lumiar, Charneca, Ameixoeira, Benfica, entre
outras.
Os pátios têm uma história do passado e uma história
no presente. A história do passado comunga da história da cidade e do seu devir
urbanístico e social; é quase sempre um passado intemporal, perdido e suspenso
no tempo; formalmente incaracterístico de uma época determinada. Por isso
mesmo, é difícil classificarmos individualmente a maioria dos pátios lisboetas.
A história do presente é sobretudo a história das suas
gentes, das suas origens, mentalidades, hábitos e modos de vida ancestrais que
a estrutura do pátio determinou e, ao longo das sucessivas gerações, ajudou a
perpetuar.
Aqui, nos pátios, a vida corre lenta.
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