Raio de Luar
Luiz Pacheco
Prefácio: Rui
Zink
Capa: Graça
Castanheira
Oficina do
Livro, Lisboa, Março de 2003
Quanto a mim, escrevi as minhas cartas, com um prazer
sem igual, na maior, à-vontade. Escrevi muito. Por necessidades da pedincha,
aguentar a sobrevivência, conversar com Amigos distantes. Ou, se acantonado em
locais de asilo forçado, invocar auxílios e apoios no Lá Fora. Escrevi cartas e
postais que me desunhei, centenas e centenas. Há quem tenha espólios meus, já
esteja a fazer negócio com isso. Ou a preparar-se. Acho óptimo. Dou-me os
parabéns. Com esta mais-valia: o género epistolar está em extinção. Seria
patetice esperar que um fulano com telemóvel no bolso vá escrever, quando se
tem ali pertinho um meio de falar com outrem e sem deixar rasto, as palavras
voam! (Deve ser mais um caso do politicamente correcto, que não compromete nada
nem ninguém.
Sem comentários:
Enviar um comentário