A vida é muito menos cheia de prosápia do
que a morte. É uma espécie de maré pacífica, um grande e largo rio. Na vida é
sempre manhã e está um tempo esplêndido. Ao contrário da morte, o amor, que é o
outro nome da vida, não me deixa morrer às primeiras: obriga‑me a pensar nas
pessoas, nos animais e nas plantas de quem gosto e que vou abandonar. Quando a
vida manda mais em mim do que a morte, amo os que me amam, e cresce de repente
no meu coração a maré da vida.
Legenda: não
foi possível identificar o autor/origem da fotografia
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