Setembro.
Vão-se embora as andorinhas,
Guincham, voltejam incessantes
Em torno da minha casa de campo
(Que eu tenho uma cada de campo
Que, apesar de bem disposta
E muito branca e asseada,
Ninguém
compra).
Em voos de despedida,
Agora rentes ao chão
E logo
altas,
Como quem pede perdão
Para as
suas faltas,
(ai, penas, e asas minhas!)
Vão-se embora as andorinhas.
Afonso Duarte em
Ossadas
Legenda:
fotografia de Pedro Barata
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