A Pérola
John
Steinbeck
Tradução
Mário Dionísio
Colecção
Livros de Bolso Europa-América nº 152
Publicações
Europa-América, Lisboa s/d
Joana, que estava inclinada para o lume,
endireitou-se, tornou a deitar Coyotito no caixote, pôs-se a pentear os cabelos
negros, separou-os em duas tranças, atou-os com fitas verdes. Kino acocorou-se
junto do lume, tirou um bolo de milho bem quente, embebeu-o no molho e comeu-o.
Bebeu um pouco de pulque. E foi o seu pequeno-almoço. Nunca conheceu outro, a
não ser nos dias de festa e numa memorável pândega de guloseimas em que quase
tinha rebentado. Kino acabou. Joana foi para junto do lume e tomou também o seu
pequeno-almoço.
Uma vez, há muito tempo, haviam conversado. Mas não sentiam a necessidade de falara porque o fariam só por hábito. Kino suspirou com prazer – e isso era falar.
Uma vez, há muito tempo, haviam conversado. Mas não sentiam a necessidade de falara porque o fariam só por hábito. Kino suspirou com prazer – e isso era falar.
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