Este espectáculo, na Aula Magna, em Lisboa, foi o Requiem do Cantigas do Maio.
Organizado pela Associação José Afonso, Cantigas do Maio, teve a sua primeira edição no ano de 1989.
Quando a Associação se aprestava para a organização da XIV da edição do Festival, a ter lugar em Maio de 2003, recebeu a notícia de que a Camara Municipal do Seixal, dada a crise económica, que começou a abater-se no país, não poderia dar o seu contributo.
Sabe-se que quando a crise ataca, a cultura é a primeira a ser pontapeada.
A Camara era o principal apoio, ou mecenas, do Festival.
O resto provinha de outras pequenas parcerias, receitas diversas, provenientes da venda de discos e livros, bem como garrafas de vinho, rótulo “Cantigas do Maio”, colheita especial que A Associação, encomendava em Fernando Pó na Península de Setúbal., Um vinho honesto e de bom beber.
A Associação José Afonso, decidiu apresentar ao público dois concertos num só dia e resolveu chamar-lhe "Afirmar" Cantigas do Maio - fazendo adivinhar que é possível o regresso do festival já para o próximo ano, eventualmente noutra cidade.
No cartaz vamos ter a voz de Uxía, também uma das mais importantes referências da actualidade, na preservação da cultura Galega. A encerrar a noite vão estar, pela primeira vez em Portugal, os irmãos Samir e Wissam Joubran da Palestina, dois mestres do alaúde.
Este Afirmar Cantigas do Maio teve a rodeá-lo a expectativa de um largar de sementes que permitissem continuar Cantigas do Maio.
As sementes não vingaram e, Cantigas do Maio, não mais se realizou.
Pelo caminho ficou um importante acontecimento cultural, que permitiu ver e ouvir nomes importantes da World Music, insertos na componente internacional de Festivais de Música Tradicional.
Talvez um dia, fresca brisa moira encantada, vire a proa desta barca.
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