domingo, 10 de novembro de 2013

NORMAN MAILER


Norman Mailer tinha 84 anos quando, neste dia de Novembro de 2007, morreu.

Casou seis vezes e cinco se divorciou.

Numa festa esfaqueou a segunda mulher que por sorte não a levou à morte e que continuou a gostar dele Era pai de oito filhos

Nunca escondeu o afecto desmedido pela bebida. Dizia que se embriagava à sua custa. De forma a ficar mais inteligente do que o costume.

Tinha pela América um misto de amor e ódio. Como se ama e odeia uma mulher num casamento, dizia ele.

As feministas não gostavam dele e ele retribuía.

Sem papas na língua, um libertário a caminho do deboche, recusou sempre o cadeirão da respeitabilidade.

Talvez não seja dos melhores escritores norte-americanos contemporâneos, mas escreveu Os Nus e os Mortos que George Orwell considerou o melhor romance de língua inglesa sobre a II Guerra Mundial - e um dos grandes romances de todos os tempos.

Norman acabava sempre por dizer que não sabia nada do que era escrever.

Sou virtualmente um impostor.

O crítico literário Raymond Sokolov aconselhava a que se esquecesse o homem porque no fim o que conta é a literatura.”

Mailer nunca conheceu Marilyn Monroe, -como foi possível? – mas aceitou a encomenda para escrever um texto para uma documentação fotográfica, assinada por alguns dos maiores fotógrafos norte-americanos, sobre Marilyn.

Chamaram-lhe Marilyn by Mailer algo indefinido entra a biografia e o que quer que seja, onde não se sabe onde começam verdades e daí se passa à fantasia e aos sonhos.

Who cares?

Pensamos então em Marilyn, que foi para cada homem da América um caso de amor, Marilyn Monroe, que era loura e bonita, que tinha uma voz doce e insignificante e todo o asseio das coisas limpas. Ela era o nosso anjo, o anjo doce do sexo, e o açúcar do sexo vinha dela como a ressonância do som do mais puro violino.

Sem comentários: