Norman Mailer tinha 84 anos
quando, neste dia de Novembro de 2007, morreu.
Casou seis vezes e cinco se divorciou.
Numa festa esfaqueou a segunda mulher que por sorte não a
levou à morte e que continuou a gostar dele Era pai de oito filhos
Nunca escondeu o afecto desmedido pela bebida. Dizia que se
embriagava à sua custa. De forma a ficar mais inteligente do que o
costume.
Tinha pela América um misto de amor e ódio. Como
se ama e odeia uma mulher num casamento, dizia ele.
As feministas não gostavam dele e ele retribuía.
Sem papas na língua, um libertário a caminho do deboche, recusou
sempre o cadeirão da respeitabilidade.
O crítico literário Raymond Sokolov aconselhava a que se
esquecesse o homem porque no fim o que conta é a literatura.”
Talvez não seja dos melhores escritores norte-americanos
contemporâneos, mas escreveu Os Nus e os Mortos que George Orwell
considerou o melhor romance de língua inglesa sobre a II Guerra Mundial - e um
dos grandes romances de todos os tempos.
Norman acabava sempre por dizer que não sabia nada do que
era escrever.
Sou virtualmente um impostor.
Mailer nunca conheceu Marilyn Monroe, -como foi possível? –
mas aceitou a encomenda para escrever um texto para uma documentação
fotográfica, assinada por alguns dos maiores fotógrafos norte-americanos, sobre
Marilyn.
Chamaram-lhe Marilyn by Mailer algo indefinido
entra a biografia e o que quer que seja, onde não se sabe onde começam verdades
e daí se passa à fantasia e aos sonhos.
Who cares?
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