A notícia vem da semana passada, mas vale a pena referi-la.
O Conselho Superior de Magistratura decidiu abrir um
processo disciplinar ao juiz Rui Teixeira colocado no Tribunal de Torres
Vedras. Em causa está um despacho em que o magistrado obriga os serviços
prisionais a reescrever um relatório social de um recluso que estava escrito ao
abrigo do novo Acordo Ortográfico, atrasando o processo.
É confortante ouvir dizer que nos tribunais, pelo menos neste,
os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados
continuam a ser animais e não algo malcheiroso, e a língua portuguesa permanece
inalterada até ordem em contrário.
A aplicação do novo acordo foi mais um dos muitos disparates
do governo de José Sócrates, com a agravante dos órgãos de comunicação social
se apressaram a aplicar o acordês.
O capachante Expresso colocou-se logo na primeira
linha e tem por lá uns rapazes que são ferozes defensores do disparate. Claro que
têm de levar com alguns colaboradores que os obria a colocar no fim dos artigos
de que foram escritos de acordo com a antiga ortografia.
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