terça-feira, 19 de novembro de 2013

QUOTIDIANOS


A notícia vem da semana passada, mas vale a pena referi-la.

O Conselho Superior de Magistratura decidiu abrir um processo disciplinar ao juiz Rui Teixeira colocado no Tribunal de Torres Vedras. Em causa está um despacho em que o magistrado obriga os serviços prisionais a reescrever um relatório social de um recluso que estava escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, atrasando o processo.

É confortante ouvir dizer que nos tribunais, pelo menos neste, os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso, e a língua portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário.

A aplicação do novo acordo foi mais um dos muitos disparates do governo de José Sócrates, com a agravante dos órgãos de comunicação social se apressaram a aplicar o acordês.

O capachante Expresso colocou-se logo na primeira linha e tem por lá uns rapazes que são ferozes defensores do disparate. Claro que têm de levar com alguns colaboradores que os obria a colocar no fim dos artigos de que foram escritos de acordo com a antiga ortografia.

Sobre o caso do juiz, o atento e venerando Expreeso, naquela disparatada coluna de Altos e Baixos, não hesitou, como se pode ver no topo, em colocar o episódio no capítulo dos baixos.

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