Os americanos permitem a contrapublicidade, isto é, uma marca pode
dizer mal da outra. E está certo: sabendo que duas marcas são inimigas, o que
dizem uma da outra só se formos tolos não pegamos com pinças... Um dos exemplos
célebres de contrapublicidade aconteceu em 1984, num duelo da Pepsi e da
Coca-Cola. Ambas quiseram contratar Michael Jackson e a Pepsi ganhou a corrida
com cinco milhões de dólares. No New Generation, o vídeo publicitário que foi
feito, o cantor dá os seus primeiros passos à moonwalker, passo da Lua, dando a
ilusão de que recua deslizando. Mas, durante as filmagens, faíscas dos efeitos
especiais incendiaram a cabeleira de Michael Jackson e ele sofreu graves
queimaduras. A Coca-Cola aproveitou para fazer este anúncio: "Cara Pepsi,
parabéns por teres contratado Michael Jackson. É pena é dares tanto azar..."
O episódio antigo merece leitura atual. A Pepsi aproveitou a ida à Suécia de
Cristiano Ronaldo para se meter com o português. Em anúncios suecos,
amarraram-no a carris e espetaram-lhe agulhas vudu. Não foi, porém, jogo limpo
como na contrapublicidade atrás referida. A Pepsi, que patrocina Messi, não
lembrou que Cristiano Ronaldo faz anúncios à Coca-Cola - a ela só lhe
interessou tirar partido da animosidade momentânea dos suecos pelo português.
Mas a lição a tirar é que, com o contrário de passinhos à moonwalker, as
cavalgadas fantásticas de Cristiano Ronaldo confirmaram que a Pepsi dá azar aos
seus.
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