No cinzento da cidade, um reboque pronto-socorro aguarda.
Um acidente no virar da esquina, uma chamada urgente.
A importância dos dias.
Dias importantes que podem ser limitada.
Aproveitar todos os momentos da vida.
Que andamos a fazer com toda esta presa?
Para onde vamos?
Trabalhamos anos a fio. Sempre em movimento, Não descansamos um minuto.
Demasiado preocupados em ganhar dinheiro, a pensar que um dia, sim um dia nos havemos de divertir.
Não será tarde demais?
Talvez seja melhor a diversão agora.
É mais tarde do que se possa pensar.
Mas será possível a diversão?
Talvez com a paciência dos predadores, a persistência dos vendedores de seguros.
Talvez… mas que sei eu disso?
Certo é o cinzento dos dias que vão passando.
Ou aquele findar de um poema de David-Mourão Ferreira:
“Não perguntem nada: as razões são longas.
Não perguntem nada: as razões são tristes.
Não perguntem nada: nós estamos contra.
E talvez perdidos.
E talvez perdidos.”
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