Num velho documentário sobre Peter O’Toole, penso que realizado pela BBC,a
determinado passo mostram uma cena de The Manor, filme de 1999, que
nunca vi, do britânico Ken Berris.
.
O’Toole na pele de um alcoólico o que, dado a sua vida toda dedicada a
excentricidades, lhe assentou sempre muito bem, conversa Greta Sacchi:
- Aí estás tu,
pequena fonte de sabedoria. Vem até aqui.
- Posso ir-me
embora?
- Não, não
podes! A minha vida foi dedicada à aprendizagem e a outras coisas terríveis e
fiquei com muito poucas certezas. Apenas de uma coisa estou seguro: nunca
devemos confiar num homem que não bebe. E o mesmo se deve aplicar às mulheres.
Bebe com cuidado.
- Muito obrigada, mas não bebo.
Bom, a abertura serve apenas para vos dizer que, em Janeiro, a
Cinemateca realiza, um In Memorian Peter O’Toole que começa já hoje com a exibição de Lawrence da Arábia.
Todo o cinema é para ser visto numa sala escura, mas Lawrence da
Arábia, dada a sua grandiosidade, é mesmo um daqueles filmes que não
pode ser visto de uma outra qualquer maneira.
Vencedor de 7 Oscars: filme, realização, direcção artística,
fotografia, montagem, som e banda sonora, a distinta Academia cometeu a
incrível proeza de não ter olhado a espantosa interpretação de Peter O’Toole e
assim ter ajudado o seu record histórico de ter sido nomeado 8 vezes e nunca
ter levado para casa o raio da estatueta.
Em 23 de Março de 2003, a Academia de Hollywood concede-lhe um Óscar
honorário, entregue por Meryl Streep e Peter O’ Toole não resistiu a deixar o
irónico comentário
Sempre dama-de-honor, nunca uma noiva.
LAWRENCE DA
ARÁBIA
de David Lean
com Peter O’Toole, Alec Guiness, Anthony
Quinn, Omar Sharif, Arthur Kennedy, Claude Rains
Reino Unido, 1962 - 187 minutos
legendado em português
Sala Félix Ribeiro
15,30 Horas
Sala Félix Ribeiro
15,30 Horas
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