O Notícias de Portugal, a exemplo da Consoada, também nada
diz de como o ditador passou o último dia do seu horrível ano, nem como começou
o novo que, lhe trará uma constante de morte anunciada, mas sempre adiada e que só ocorrerá pelo Verão de 1970.
Do findar de 1968 escreve José Gomes Ferreira nos seus Dias
Comuns:
Último dia do ano de 1968, tão importante na Vida
Portuguesa, em virtude da queda de Salazar e da ascensão do Marcelo Caetano
ainda bastante infirme no trono – dizem.
Pelo menos ele faz constar isso nos meios da Oposição
aonde chegam lamentos deste género:
- Só tenho o apoio do Presidente da República. E não
me admiraria que, em breve, começassem a prender, não só os oposicionistas, mas
até os meus colaboradores.
Por outro lado, sabe-se que os chamados «ultras» não
perderam as esperanças de baldear o Marcelo a quem consideram traidor. O último
Agora, como não pode
desfeiteá-lo cara a cara, ataca o Mello e Castro, Presidente da União Nacional,
pertencente à esquerda (?) do Regime.
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