Um Homem Só
Roger Vailland
Tradução: José Vaz
Pereira
Capa: Manuel Dias
Colecção Minerva nº
12
Editorial Minerva,
Lisboa, Novembro de 1972
- Agradeço-lhe os esclarecimentos – disse o inspector-chefe, e tomou
várias notas.
- Efectivamente, lembro-me que me informaram, há perto de seis meses,
de que o senhor Favart teve uma discussão com o velho Madru – recomeçou o
inspector da Polícia local.
- A que propósito?
- Não me lembro muito bem, Mas é fácil de averiguar. O caso passou-se
numa taberna cujo dono é nosso amigo. Nosso amigo é uma maneira de falar: o
taberneiro vende absinto, nós fechamos os olhos e, em contrapartida, ele
informa-nos de todas as conversas. Utilizamo-lo sobretudo para os relatórios
que apresentamos às Informações Gerais sobre as reacções operárias aos
acontecimentos do dia. A taberna está bem situada, mesmo à saída da estação.
- Vamos até lá – decidiu Marchand – Acompanhe-me, inspector. Até à
vista, comissário.
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