Deitada és uma ilha E raramente
surgem ilhas no mar tão alongadas
com tão prometedoras enseadas
um só bosque no meio florescente
promontórios a pique e de repente
na luz de duas gémeas madrugadas
o fulgor das colinas acordadas
o pasmo da planície adolescente
Deitada és uma ilha Que percorro
descobrindo-lhe as zonas mais sombrias
Mas nem sabes se grito por socorro
ou se te mostro só que me inebrias
Amiga amor amante amada eu morro
da vida que me dás todos os dias
David Mourão-Ferreira
3 comentários:
Ó Sammy, bom dia; não sei se o defeito é deste se desse lado: -o post de hoje está sombreado a negro, o que o torna ilegível.
Ou melhor, as letras estão a negro, em vez de, como habitualmente, estarem a branco.
Se eu fosse um adepto ferrenho de teorias de conspiração diria que o quotidiano voltou-se contra mim. Toda e qualquer alteração que o «Google», ou lá quem é, efectua alterações, dizem eles para prestar um melhor serviço, eu atraso-me não sei quantos anos e uma vezes os textos saem a negro, outros a branco e outros, dado que os deixei agendados para futura publicação, não aparecem.
Provavelmente a culpa é minha porque sou um perfeito nabo nestas tretas, ao ponto de há dias, um tipo que não via há não sei quantos séculos se ter indignado por eu não ter «facebook», não ter telemóvel, não ter carta de condução e face à cara de parvo com que estava, atirei-lhe: «o que eu gostava era de voltar a escrever em ardósia.»
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