sexta-feira, 29 de outubro de 2021

NOTÍCIAS DO CIRCO


O orçamento do governo para o ano de 2022 não passou na Assembleia da República.

Claro que não é uma tragédia.

Se assim fosse, Marcelo (que não é presidente pelo meu voto) não sairia do palácio para ir ao multibanco da esquina pagar uma qualquer conta, ou ver o saldo bancário.

Claro que se o ridículo pagasse imposto, o vencimento presidencial não chegaria…

Pouco ou nada interessa a responsabilização de uns e outros, mas adianta dizer que o comité de vigilância, que reúne, excepto aos domingos, no café do bairro, apontou o dedo ao Partido Socialista.

Andaram, estes anos a servir-se do voto da esquerda para aprovar orçamentos e apenas isso. Não que a esquerda andasse a ser enganada, (um dirigente comunista disse ao Diário de Notícias que no Partido nunca houve ilusões relativamente ao governo PS), mas há sempre um tempo em que é necessário mudar de agulha.

Certamente virão eleições lá para Janeiro, mas o panorama político não sofrerá uma mudança que permita pensar em grandes alternativas.

Mas relembrando o poema de FernandoEchevarria, aqui ontem publicado, os vivos ouvem poucamente, ou melhor: não ouvem nada.

A ver vamos, como diz o cego do costume…

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