quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
SUJEITO ESTRANHO
Este disco é de 1980, comprei-o na Discoteca Melodia, na Rua do Carmo, em Lisboa, e custou-me 400$00, nos dias de hoje a módica (?) quantia de 2 euros.
Para além de Barco Negro, o disco reúne outras duas excelentes interpretações de Ney: Um Índio de Caetano Veloso e Doce Vampiro de Rita Lee.
BARCO NEGRO
IDÍLIO EM BICICLETA
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
DEVANEIO ENTRE CASCAIS E LISBOA
POSTAIS SEM SELO
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
JANELA DO DIA
OLHAR AS CAPAS
COISAS EXTINTAS OU EM VIAS DE
POSTAIS SEM SELO
domingo, 26 de fevereiro de 2012
JANELA DO DIA
QUOTIDIANOS
BENFICA
Sou do Benfica desde que me lembro, mas só me fiz sócio uns dias após o jogo Bayern-Benfica de 1981, para a Taça dos Campeões Europeus. O meu pai é Benfiquista, disfarça muito, mas sofre mais do que eu, mas nunca foi sócio, por isso nunca incentivou a minha filiação no clube. Eu sou benfiquista por influência do meu pai, mas sou sócio desde 1981 por opção minha, e tomei-a no dia em que “levámos” 4-1 do poderoso Bayern, porque achei que era nessa altura que o Benfica mais precisava de mim, após as vitórias aparecem sempre muitos para festejar, mas quando a coisa corre mal só ficam os mais convictos. Nas relações pessoais, isso também acontece, mas felizmente que ainda há muita gente que não abandona um familiar ou amigo, apenas porque este adoeceu, mesmo que reconheça que parte da culpa é do próprio, por não ter tomado as devidas precauções. Também me lembro do dia em que o Benfica foi goleado em Alvalade por 7-1, estava na Força Aérea, na Base das Lajes, e ouvi o relato, na camarata, ao pé do meu camarada de especialidade, que era um Sportinguista ferrenho, e que me gozou, como eu o teria feito se fosse ao contrário, mas nesse mesmo momento apostei com ele um jantar em como o Benfica seria campeão, e foi um belo jantar que comi, passado uns meses, na Praia da Vitória, à conta do lagarto !
ZECA
Perde as palavras que juntara para ti.
Cantar-te sei e apenas isso faz sentido.
Menino de oiro,
Vem sentar-te aqui.
Menino de oiro,
Vem sentar-te aqui.
Por todo o ano é tempo de cantar janeiras.
Mulher da erva, ainda agora a vi passar.
Por mar profundo, terra e todas as fronteiras
Venham mais cinco
Mil p’ra te saudar.
Venham mais cinco
Mil p’ra te saudar.
Pode o sol morrer de velho,
Pode o gelo arder também.
Mas a voz que de ti nasce
Já não morre com ninguém.
No céu cinzento, o astro mudo ainda revela
Um bater de asas, o disfarce do seu pé.
Bebem do sangue, comem tudo, olhai, cautela
O que faz falta
Já se sabe o que é.
O que faz falta
Já se sabe o que é.
Junta-te a nós, ó bairro negro, vem, falua,
P’la noite fora até que se erga o sol do Verão
Solta as amarras, sopra, ó vento, continua,
Que este homem não
Se foi embora, não.
Que este homem não
Se foi embora, não.
Pode o sol morrer de velho,
Pode o gelo arder também.
Mas a voz que de ti nasce
Já não morre com ninguém.
POSTAIS SEM SELO
sábado, 25 de fevereiro de 2012
OLHARES
TROVADOR DA VOZ D'OURO INSUBMISSO
Com algas de canção estrangulada.
Aberta a concha da trova malsofrida
Saíste como sai a madrugada
Da noite, virginal e humedecida.
É de vinho e de pinho a tua voz
Com pranto de insofríveis flores banidas.
Mas é pela tua garganta que soltamos
As eriçadas aves proibidas
Que no muro do medo desenhamos.
Nota do editor: poema publicado pela Associação José Afonso.
SARAMAGUEANDO
POSTAIS SEM SELO
Naqueles anos, todos eles se tinham movido sem saberem muito bem se acordariam na manhã seguinte. Viviam numa febre constante, numa vertigem, num excesso permanente. Era preciso viver depressa e morrer depressa, de preferência ainda jovem. Nenhum deles alimentava projectos ou ambicionava fosse o que fosse. Era-lhes indiferente estar vivo ou morto. Mantinham-se nesse lugar mal iluminado e sem saída: a vida.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
JANELA DO DIA
HOJE FALO NO ZECA !
Alguém disse que hoje ninguém falaria no Zeca, mas não é verdade. Hoje e sempre, há quem fale no Zeca, no Adriano, no Mário Viegas, no Saramago, no Álvaro, no Maia, no Che e em tantos outros, não somos os suficientes ? somos os possíveis, aqueles que não se refugiam na conveniente desilusão para justificarem a traição daquilo em que acreditaram. Aqueles que não trocam os ideais por almoços, aqueles que não se renderam ao ouvirem os primeiros tiros. Aqueles que acreditam que se os amanhãs não cantarem, cantarão os dias seguintes, aqueles que recusam a aceitar a realidade monocromática que nos querem vender como fatalidade, os que não aceitam o sacrifício de milhões para benefício de meia dúzia privilegiados. Os que acreditam que utopia é pensar-se que o caminho do abismo será o único. Os que acreditam que é possível criar uma sociedade mais justa, que não desistem perante os aparentes insucessos passados. Enquanto houver quem acredite que vale mais morrer de pé, do que viver ajoelhado, haverá sempre alguém que falará no Zeca, caro amigo, hoje e sempre.
CHAMINÉS
POSTAIS SEM SELO
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
JANELA DO DIA
CANTIGAS DO MAIO
Título de uma entrevista de José Afonso a José Jorge Letrie e publicada no Diário de Lisboa de 2 de Dezembro de 1971.
CARTA PARA ZECA AFONSO
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
JANELA DO DIA
Quando a medidas, a CGTP propôs um combate à precariedade e aos falsos recibos verdes, o lançamento de uma campanha para atacar os postos de trabalho precários em funções permanentes, o reforço da protecção dos desempregados. Para as micro e PME, a central sindical adiantou uma linha de financiamento através da CGD, a redução dos custos de contexto e uma maior atenção e protecção a estas empresas que estão a ser esmagadas pelos grupos económicos.
Dada a ausência de propostas por parte do Governo, a reunião foi encarada pela CGTP como uma manobra de diversão e de propaganda pura e dura.