Este texto do Miguel Torga, permitiu que o Germano,
transmontano radicado em Bruxelas, enviasse outras fotografias de chegas de bois.
Aproveitou para deixar um pequeno comentário:
As chegas de bois, a evolução do contexto social isto é: o
despovoamento/emigração alteram as condições de base. O boi, propriedade da comunidade,
servia para a procriação e para as chegas sendo neste contexto o “espelho” dos
desejos do povo: a força e a valentia/coragem sendo o vencedor um autêntico
Deus na Terra, era comum haver pancadaria (rude meio rural onde a emoção
comanda com frequência a razão (nada comparável a um urbano/racional
Benfica-Sporting) coisa que agora já não se usa pois os bois não são
propriedade colectiva, daí o ”sangue” não ferver tanto.
Agora é, de facto, um grande comércio.
No Verão, os
emigrantes (de que faço parte) enchem os campos de chegas, pagando de cada vez
10 €, e uma grande parte das vezes o espectáculo é bem pobre...
Eu gosto de chegas, o combate é equilibrado, e gosto
particularmente da raça mirandesa pois são normalmente mansos e corajosos, isto é resolvem a questão e cada um segue o
seu caminho embora a raça barrosã, avermelhados com uns chifres enormes, tenha
muito impacto.
Sem comentários:
Enviar um comentário