segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CHEGAS DE BOIS


Este texto do Miguel Torga, permitiu que o Germano, transmontano radicado em Bruxelas, enviasse outras  fotografias de chegas de bois.
Aproveitou para deixar um pequeno comentário:


As chegas de bois, a evolução do contexto social isto é: o despovoamento/emigração alteram as condições de base. O boi, propriedade da comunidade, servia para a procriação e para as chegas sendo neste contexto o “espelho” dos desejos do povo: a força e a valentia/coragem sendo o vencedor um autêntico Deus na Terra, era comum haver pancadaria (rude meio rural onde a emoção comanda com frequência a razão (nada comparável a um urbano/racional Benfica-Sporting) coisa que agora já não se usa pois os bois não são propriedade colectiva, daí o ”sangue” não ferver tanto.
Agora é, de facto, um grande comércio.


No Verão, os emigrantes (de que faço parte) enchem os campos de chegas, pagando de cada vez 10 €, e uma grande parte das vezes o espectáculo é bem pobre...
Eu gosto de chegas, o combate é equilibrado, e gosto particularmente da raça mirandesa pois são normalmente mansos e corajosos,  isto é resolvem a questão e cada um segue o seu caminho embora a raça barrosã, avermelhados com uns chifres enormes, tenha muito impacto. 

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