quinta-feira, 19 de setembro de 2013
MORTO E ENTERRADO!
Há uma canção do José Mário Branco, Nevoeiro, do seu álbum Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades, que no final diz assim:
Voltou no seu veleiro
nevoeiro
leme nem gageiro
num lençol amortalhado
Vou ao cais do terreiro
nevoeiro
pra ficar bem certeiro
de que é morto e enterrado.
Assim foi.
Américo Tomás morreu no dia 18 de Setembro de 1987 e foi enterrado na manhã do dia seguinte.
Morto e enterrado.
Alfredo Barroso:
Por uma vez, ele que tanto gostava de "coincidências felizes", foi vítima de uma coincidência infeliz. Salazar designara-o candidato da União Nacional no dia 25 de Abril de 1958, durante uma reunião do seu habitual "conselho privado". Exactamente 16 anos depois, o dia 25 de Abril foi-lhe aziago. Exilado no Brasil durante quatro anos Pôde regressar a Portugal em 1978. Morreu em Lisboa, com 92 anos, 13 anos depois do 25 de Abril. Nas suas memórias escreveu, sem o saber o melhor epitáfio: Falhei sem dúvida no sábio conceito que afirma ser a palavra de prata e o silêncio de ouro"!
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