domingo, 27 de outubro de 2013

CREPÚSCULOS DE OUTONO


E porventura não tardará aí o inferno que ninguém quer.
Já começaram em Lisboa os crepúsculos de Outono com esta luz crespa que me acompanha desde as ruas da infância, onde, em constante vadiagem perplexa na Penha de França e na Graça, aprendi a orientar-me no calendário pelos pregões.

José Gomes Ferreira em O Irreal Quotidiano, Portugália Editora, Lisboa Junho de 1971

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