quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O COSTUMEIRO ESQUECIMENTO...


dois meses, Urbano Tavares Rodrigues deixou-nos.

Miguel Real escreveu no JL:

Sim fizeste bem em partir, já não devias ter paciência para escutara a elite que nos governa há dez anos a envergonhar-se do país, a qualificar a população de atrasada, rude, inculta, selvagem, preguiçosa, gastadora e a convidá-la a emigrara. Em breve, apelará aos idosos para morrerem o mais depressa possível para que as contas da segurança social fiquem equilibradas. Em breve, os cemitérios serão privatizados e quem não tiver dinheiro para o seu talhão e a sua tumba, terá de se contentar, como Camões, com a vala comum.
Sim, fizeste bem partir.
Adeus Urbano.

Passados que são dois meses já poucos se recordam de Urbano Tavares.Rodrigues

Quantos o irão ler, ou continuarão a ler?

A resposta não é difícil: uma esmagadora minoria.

Não acontece, como há bem pouco, pela morte do poeta irlandês Seamus Heaney, Miguel Esteves Cardoso escreveu no Público:

Não há melhor morte para um escritor do que continuar vivo – e a ser lido.


Legenda: imagem do Público.

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